Ao construir o mundo, Deus teve um carinho pelo Brasil, mas deu uma caprichada especial no Maranhão. Se Ele é brasileiro, deve ter nascido aqui. Localização privilegiada, tanto para lançar foguetes pela base de Alcântara, como para a exportação, pelo Porto do Itaqui – por sinal, um senhor porto. O Maranhão também tem terras férteis, água doce, um belo ciclo de chuvas e muitas belezas naturais. Tem potencial para ser a nossa Califórnia.

O Maranhão tem os Lençóis, praias com águas mornas, cachoeiras, grutas, possibilidade de vários tipos de turismo, história, arquitetura, cultura, sol, vento, culinária própria, puxada pelo delicioso arroz de cuxá, acompanhado pela pescada amarela, sem falar de um povo acolhedor, prestativo e hospitaleiro. Com tudo isso a favor, eu pergunto: o que é que falta para transformar esse destino fantástico entre os mais procurados do Brasil? O MAIS DIFÍCIL DEUS FEZ!

Sou natural do Ceará. Infelizmente, meu estado de nascença é pobre de recursos naturais, comparado ao Maranhão (meu estado do coração), mas tem se destacado no turismo, mudando seu perfil socioeconômico. Antes, era somente o turismo de lazer, mas agora há o de negócios. Essa mudança iniciou-se na década de 1990.

Por ser essencialmente serviço, o turismo é democrático e atinge todos os setores da economia, mesmo aqueles que não estão diretamente ligados ao segmento. O comércio varejista e o atacadista vendem mais, bem como as farmácias e os supermercados. Todos se beneficiam da atividade. Todos ganham.

O turismo que o Maranhão pode oferecer conta com ecoturismo, pesca, náutica, cultura, aventura, negócios e eventos, esporte, rural, sol e praia.

As possibilidades de empreender e gerar emprego e renda são enormes com o turismo, graças aos meios de hospedagem, eventos, alimentação, entretenimento, operadoras e agências de viagens, receptivos e compras.

No sentido de empreender em apoio ao turismo, há também grandes possibilidades: equipamentos médico-hospitalares, infraestrutura física, crédito, segurança, transporte, telecomunicação, energia, capacitação, escolas e universidades.

Comparado ao investimento necessário para a criação e o tempo para iniciar a funcionar um distrito industrial em uma cidade, o do turismo é muito menor, porque muito do investimento é privado. As respostas são rápidas. Estudos mostram que, para cada US$ 1,00 (um dólar) investido no turismo, o retorno é de US$ 6,00 a US$ 8,00 (seis a oito dólares). É um senhor retorno ao investimento feito.

Respondendo à questão inicial, o que falta para transformar o Maranhão em um destino procurado, eu respondo: união e participação de todos, empresários e trabalhadores diretamente envolvidos com o turismo, o chamado trade turístico, entidades de classe, comércio e indústria, os vereadores das cidades turísticas, deputados estaduais, federais e governos do Estado e municipais, sem dispensar o apoio e a experiência do Sebrae, por intermédio dos seus técnicos.